O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), enfrenta uma situação nada confortável. Além da histórica superlotação, o maior hospital público da região não tem dinheiro para manter todos os contratos de terceirizados, responsável por serviços como a limpeza do local.
A direção nega que haja dívidas, mas informações de bastidores dão conta de que elas existem, sim. Devido à escassez de verbas vindas de Brasília, o hospital já teve de cortar 50 funcionários terceirizados em maio – o número caiu de aproximadamente 550 para 500, segundo o gerente administrativo do Husm, João Batista de Vasconcellos.

A redução só não foi maior porque o hospital está superlotado e não pode cortar mais funcionários de limpeza, por exemplo. Se fizesse isso, acabaria tendo de reduzir o número de atendimentos. Segundo ele, não estão previstos novos cortes de terceirizados agora (como a UFSM, que demitiu mais 92), também porque o contrato do Husm acaba em 30 de novembro e estão sendo feitas novas licitações.
– Hoje, tudo está num contrato e, agora, vamos separar em cinco licitações e contratos diferentes: um para o pessoal de limpeza, um para lavanderia, outro para apoio administrativo, outro para manutenção, e o último, para nutrição. Duas licitações já foram lançadas, e outras estão saindo nos próximos dias e até 20 de outubro. Pode ser que tenhamos cinco empresas diferentes ou até que uma única empresa vença as cinco licitações de terceirizados, pois nada impede – diz Vasconcellos.
UFSM confirma corte de mais 92 trabalhadores terceirizados
O gerente comenta que, nessas licitações, está prevendo a contratação do mesmo número atual de funcionários, para atender a necessidade real do Husm. Mesmo com a dificuldade financeira, o Husm não previu redução de terceirizados para esses novos contratos, mas isso não garante que o hospital escapará de novos cortes de pessoal.
Segundo ele, como a licitação prevê que se possa trabalhar com 25% a mais ou 25% a menos do previsto no contrato, o hospital irá adequar o número de terceirizados conforme as verbas disponíveis e as necessidades. Ou seja, se o governo cortar mais recursos, existe o risco de ter que demitir parte dos terceirizados. Mas, agora, isso é só uma suposição.