Saúde

Husm faz cortes e lança novas licitações para terceirizados 

Deni Zolin

O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), enfrenta uma situação nada confortável. Além da histórica superlotação, o maior hospital público da região não tem dinheiro para manter todos os contratos de terceirizados, responsável por serviços como a limpeza do local. 

A direção nega que haja dívidas, mas informações de bastidores dão conta de que elas existem, sim. Devido à escassez de verbas vindas de Brasília, o hospital já teve de cortar 50 funcionários terceirizados em maio – o número caiu de aproximadamente 550 para 500, segundo o gerente administrativo do Husm, João Batista de Vasconcellos. 

 SANTA MARIA,RS,BRASIL.26/05/2015_Ainda não está definido se estrutura da Base Aérea de Canoas, cedida ao Husm, será usada para abrigar pacientes do Husm. Se or preciso, acientes em quadros menos graves podem ser abrigados na estrutura.FOTOS:GABRIEL HAESBAERT/ESPECIAL
Foto: Gabriel Haesbaert / Especial

A redução só não foi maior porque o hospital está superlotado e não pode cortar mais funcionários de limpeza, por exemplo. Se fizesse isso, acabaria tendo de reduzir o número de atendimentos. Segundo ele, não estão previstos novos cortes de terceirizados agora (como a UFSM, que demitiu mais 92), também porque o contrato do Husm acaba em 30 de novembro e estão sendo feitas novas licitações.

– Hoje, tudo está num contrato e, agora, vamos separar em cinco licitações e contratos diferentes: um para o pessoal de limpeza, um para lavanderia, outro para apoio administrativo, outro para manutenção, e o último, para nutrição. Duas licitações já foram lançadas, e outras estão saindo nos próximos dias e até 20 de outubro. Pode ser que tenhamos cinco empresas diferentes ou até que uma única empresa vença as cinco licitações de terceirizados, pois nada impede – diz Vasconcellos.

 UFSM confirma corte de mais 92 trabalhadores terceirizados

O gerente comenta que, nessas licitações, está prevendo a contratação do mesmo número atual de funcionários, para atender a necessidade real do Husm. Mesmo com a dificuldade financeira, o Husm não previu redução de terceirizados para esses novos contratos, mas isso não garante que o hospital escapará de novos cortes de pessoal. 

Segundo ele, como a licitação prevê que se possa trabalhar com 25% a mais ou 25% a menos do previsto no contrato, o hospital irá adequar o número de terceirizados conforme as verbas disponíveis e as necessidades. Ou seja, se o governo cortar mais recursos, existe o risco de ter que demitir parte dos terceirizados. Mas, agora, isso é só uma suposição.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

A era dos assistentes inteligentes já chegou. E está só começando!

Próximo

Temporal adia depoimento de testemunhas em ação contra Yeda

Economia